Um pedido aos Paizinhos

É uma maravilha podermos ficar estendidos ao sol num relvado ao lado dum parque infantil enquanto as respetivas crias brincam, gastando as energias acumuladas por um inverno já longo.

Mas não devem de esquecer que as mesmas crias não têm qualquer noção do perigo e que se esquecem facilmente das regras (se é que alguma vez tiveram o cuidado de lhes dizer).

Vamos ter mais atenção para evitar o que se passou:

Menino que decide andar a correr dum lado para o outro, em frente do escorrega, e de vez em quando passam mesmo em cima do escorrega. É avisado pelos adultos que vigiam as suas crias de perto para não repetir a façanha. Nosso filhote mais novo inicia a descida (o escorrega é alto) sem qualquer obstáculo. De repente o menino volta a saltar por cima do escorrega e leva com uma rasteira do menino que descia, caindo desamparado e de certeza com um valente susto e que se magoou.

Mana mais velha vem socorrê-lo e o menino ainda culpa o outro que descia o escorrega e chamou-o de "palerma" (ai que me ía saltando a tampa! - o que vale é que o meu filho não liga a provocações, mas também estava meio espantado com o susto que levou quando o outro se lhe atravessa à frente). O Paizinho lá se levanta e vem buscar o filho a meio do caminho, mas não me parece que o tenha chamado à responsabilidade nem se se importou em saber se a outra criança estava bem.

É isso e os Paizinhos ou Avozinhas que levam as crianças ainda muito pequenas para o parque e deixam-nas, chegando mesmo a incentivá-las, a andar nos brinquedos que são demasiado grandes para elas e, consequentemente, começam a subir por onde se desce. Das três, uma: ou não as levam para o parque e encontram outras formas de as criancinhas gastarem as suas energias; ou levam, mas não deixam fazer tudo o que querem e aguentem com as birras, mas o que importa mesmo é educá-las; ou então (no caso das Avozinhas) se querem que as crianças brinquem mas não conseguem ajudá-las a subir aos brinquedos, não sejam mal criadas para quem quer ajudar.